Hurricane Bianca

                    O filme começa de uma forma bem clichê. Um professor tentando ensinar alunos sem interesse algum de aprendizado e é transferido para uma cidadezinha no Texas.

                   Chegando lá, ele tenta usar todo o seu carisma para tentar conquistar os novos alunos e moradores da região, sem sucesso, até que descobrem que ele é gay e o demitem.

                    Perdido em uma desilusão, Richard decide ir á um bar em busca de uma bebida alcoólica sem sucesso, pois não vendem bebidas alcoólicas no local. Lá, faz amizade com Karma, uma trans que o acolhe e decide levar a um local distante onde podem beber e ficar a vontade, com vários travestis.

                    Richard, através da bebida, se solta e trás a tona uma personagem há muito tempo não interpretado, Bianca Del rio.

                   Na manhã seguinte, todo desmontado e com ressaca, Richard acorda na casa se Karma, e ali ele tem a ideia de recuperar o emprego usando Bianca Del Rio para isso. 

                 A partir do momento que Richard torna-se Bianca, o empoderamento feminino realça suas qualidades e consegue o emprego perdido. Ao mesmo tempo que ele busca se vingar das pessoas que o trataram mal, ele tenta fazer com que as pessoas ao seu redor melhorem suas atitudes renovando totalmente a forma de tratamento perante os alunos e colegas de trabalho.

                  Ao desenvolver da trama, acontecem vários fatos aos quais nota-se mudanças drásticas no comportamento das pessoas da cidade perante as atitudes de Bianca. Famílias se reencontrando, pessoas respeitando as diferenças alheias, uma reformulação nas tradições locais. Claro, não poderia faltar o fracasso de pessoas más, uma reviravolta na história onde Bianca confessa ser na verdade Richard e uma lição de moral no final, onde tudo acaba bem.

                   

- O filme é muito bem feito, aborda com graça temas pouco explorados como bulling, preconceito e medo e vale a pena assisti-lo.

Sofrência

           Sabe quando estamos tristes e queremos sofrer mais ainda?

           Colocamos aquela música triste, que a letra bate certinho com o que estamos sentindo naquela hora. Choramos, colocamos a musica de novo, sofremos mais um pouco.

           Isso não é alto flagelo. É a nossa mente, precisando sentir ao máximo a intensidade desse sentimento para poder absorver e fazer escolhas.

           Escolher ficar sofrendo ou fazer algo para mudar. Dessas situações, tentamos extrair o máximo de aprendizado. Dói, demora para passar, mas se você está decidido a tomar uma atitude, você nunca mais vai sofrer com aquilo.

          Se você continua sofrendo por isso, então você não aprendeu nada.

Mudanças

             Mudanças são necessárias na nossa vida. Claro, sempre tentamos. Sempre olhamos para trás e pensamos: Se eu não tivesse feito tal coisa, eu não estaria assim hoje . E é exatamente isso que acontece comigo todos os dias, pois as consequências de nossas escolhas não tardam a aparecerem e o arrependimento vem em carga em cima da nossa mente.

             Chegou a um ponto que eu disse pra mim mesma: Chega! Assim não dá mais. E você sempre quer mudar, mas se sua mente não estiver preparada e pronta, você não muda. Fica apenas adiando. Eu decidi fazer uma escolha. Mudar.

             Minhas atitudes, minha forma de pensar, minha forma de agir em situações que me deixam desconfortável. O fato de eu ser espontânea não me favorece muito. Mentir ou ocultar só adiam coisas que virão mais pesadas no futuro. Me dedicar a fazer coisas que eu não quero, apenas para agradar pessoas que eu acho que gostam de mim também já esta saindo da minha agenda.

              Bateu uma rebeldia em mim que eu só havia sentido no dia em que decidi sair de casa e virar gente grande. Tenho planos para daqui seis meses, e é a primeira vez em anos que vou me dedicar de verdade em algo que acredito que vai dar certo. Isso faz falta para nós hoje em dia: acreditar que as coisas vão funcionar, que tudo vai dar certo sem sofrências, sem adiamentos, sem erros.

             Nós brasileiros somos admiráveis em alguns aspectos. Esperança de dias melhores, mudanças benéficas e mais justiça são fatos que nos movem todos os dias. E é isso que temos que ter em mente.

            A melhor pergunta que me fiz nesses últimos dias foi: Onde me vejo daqui 4 anos?

            Consequentemente, minha mente paralisou. Não acredito que não projetei a vida que quero ter. Estou vivendo por viver e esquecendo de arquitetar meu futuro, as pessoas que quero manter, pessoas que quero dispensar, dores que quero parar de ter.

            Esse choque de realidade era o que eu precisava.

Ai, que susto!

                  Esses dias, estava limpando a casa e estava de costas para a porta do meu quarto e quando fui entrar para arrumar ele, fui de cara com uma sombra negra que veio na minha direção, me atravessou e sumiu. Nunca tive uma experiência sobrenatural assim, e sempre fui medrosa em relação a fantasmas. Assisto qualquer filme de terror, mas envolveu fantasmas e demônios pra mim já não dá.

                 Diferente do que eu já tinha ouvido falar, não senti frio nem medo e isso me surpreendeu. Apesar de ter acontecido algumas coisas bem ruins no meu final de semana, não pude associar as coisas. Ou eu apenas queria acreditar que não tinha nada a ver uma coisa com a outra.

                 Não moro sozinha. Moro com uma colega de trabalho. Ela também é bem medrosa, e acho que ela não quis acreditar nas coisas que eu disse.

                 Enfim, fui tomar banho anteontem e estava sem toalha no banheiro. Dei um grito pra ela me trazer uma toalha, e quando ela foi pendurar por cima do box ela me perguntou : Foi você quem escreveu isso a lápis aqui no box?

                 Mano do céu, na parte de alumínio do box estava escrito um versículo da bíblia que dizia que Jesus era a salvação, Atos 4.12. Me subiu um calafrio e quase sai correndo pelada do banheiro. Não tinha ido ninguém estranho lá em casa, e as pessoas que foram disseram que não foram elas. Quando eu havia limpado a casa não tinha isso escrito lá, e já fazem três meses que moramos lá. Não tem chance do antigo dono ter feito algum trabalho lá por que o apartamento é novo. Nunca ninguém morou lá!

                 Sentimento de filme de terror, onde nunca sabemos o que pode acontecer daqui em diante. Descobriremos.